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Os meus Livros

À Descoberta de S. Mamede de Infesta - 2009

No dia 9 de Setembro de 2016 e por iniciativa da Paróquia local, os temas deste livro foram debatidos, numa sessão realizada no Salão Paroquial.
Esta palestra foi às 21:30 horas e o Padre Mário, pároco da freguesia do Padrão da Légua (e provisóriamente também de S. Mamede de Infesta), fez a sua apresentação.

Este livro é muito importante para S. Mamede de Infesta já que representa um grande esforço para o registo da história desta terra. O Autor, durante 3 anos, pesquisou imensos documentos que existiam, quer na Junta de Freguesia, quer, noutros locais, onde sempre encontrou a melhor receptividade. Depois, com a participação da editora (Edium - Editores) este livro foi, finalmente, apresentado ao público em 2009.
Dado o seu inegável interesse, depressa se esgotou. Para quem o desejar consultar, neste momento. só o poderá fazer nas Bibliotecas do Conselho de Matosinhos, e na Biblioteca associativa do Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta.

"INTRODUÇÃO

 

O convite que me foi feito pelo Presidente da Junta da Freguesia de S. Mamede de Infesta, Sr. António Moutinho Mendes, para fazer este trabalho, foi inicialmente um interessante desafio que, apesar da sua exigência, desde logo me interessou. No entanto, à medida que comecei a percorrer este caminho pensei se teria capacidade para o fazer. Era a primeira vez que me ocorrera executar um trabalho desta natureza que, naturalmente, me obrigaria a apoiar-me em pessoas e obras que me dessem uma perspectiva de como pegar nele. Contei, nessa fase, com a preciosa ajuda da Dra. Eliana Brites que está a fazer o doutoramento em história e também, da Dra. Conceição Eugénio, licenciada em Ciências Sociais. Ambas me deram úteis indicações que me incentivaram a prosseguir. Iniciei, assim, uma primeira prospecção de avaliação das exigências deste trabalho. Porém, depois de consultar algumas monografias já existentes sobre Matosinhos (Monografia do Concelho de Bouças de Godinho de Faria -1899; Monografia de Matosinhos de Guilherme Felgueiras - 1955/1957; os vários volumes publicados da colecção dirigida pela Dra. Maria do Carmo Serén: "Matosinhos Monografia do Concelho" —1995) reforcei, ainda mais, a convicção de que iria ser difícil a elaboração de uma verdadeira monografia. Nessas diligências, preliminares, só encontrei um trabalho monográfico sobre S. Mamede de Infesta, aliás bem conhecido e intitulado "S. Mamede de Infesta", de autoria de Agostinho Fastio Boavida (1973). Este trabalho, porém, dedicava-se mais às questões ligadas à igreja de S. Mamede de Infesta. O chamado "livro verde", também, teve um importante papel na procura de uma história para esta terra. Recolhemos, igualmente, importantes achegas no ex-jornal "O Mamedense" que permitiu conhecer certos assuntos que recolhemos para esta obra. Entretanto, outras actividades redactoriais, no âmbito desta autarquia (boletim e site da Junta) foram mantendo a prioridade e o projecto "Monografia" foi deixado para segundo plano, apesar de nunca ter sido esquecido. O momento de uma decisão final acabou por chegar: Ou se pegava no trabalho de forma decidida ou se desistia definitivamente. Entendi que deveria apresentar uma proposta editorial que não se poderia classificar como uma verdadeira monografia. Um trabalho que, de forma simples e gráfica, permitisse, aos seus leitores, ter uma visão, global, sobre S. Mamede de Infesta, o seu passado, o seu presente e quiçá, o seu futuro. Não seria uma monografia na verdadeira acepção do termo. Exporia de forma objectiva algumas das realidades mais sentidas sobre a terra que muitos de nós amamos. Abreviamos e condensamos algumas partes mas, sempre, dentro do possível, com a preocupação da sua correcta interpretação. Contei, desde logo, com a colaboração do Sr. Eduardo da Costa Soares, com quem reuni algumas vezes e que me deu conselhos e concedeu interessantes perspectivas e anexos importantes. Também o Prof. Delfim Correia com quem, igualmente, troquei impressões e prodigalizou uma magnífica colaboração a nível dos seus anexos e o seu artigo sobre a Escola Secundária Abel Salazar. Tive, também, um interessante encontro com o Dr. Joel Cleto, actual responsável pelo Gabinete da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos e que me forneceu perspectivas que eu naturalmente aproveitei. Também, recebi uns livros do Sr. José A. Quelhas Lima que me ajudaram na pesquisa efectuada. Também devo falar da Sra. Maria Rosa (Pica) que me mostrou o seu velho moinho, ainda existente. De realçar o acolhimento do "Museu Geológico - Serviços de Geociências do Estado", em S. Mamede de Infesta, na pessoa do Sr. Prof. Eng.° Machado Leite e Eng.° Laurentino. Também o Museu do Carro Eléctrico através da Dra. Carla Sofia que, muito agradecemos, por nos ter recebido e facultado a informação, também, aqui reproduzida. Muitas outras colaborações, poderia aqui salientar, como por exemplo a de Monteiro dos Santos com a história da sua casa ligada aos invasores franceses. A de Maria Rosa Ferreira Torres que, apesar de estar numa casa de repouso, na Maia, onde fui com os amigos, António Cabral e Armindo Mendes. Ainda não falei dos negativos em vidro (daguerreótipos) que a minha amiga Eugénia S. Martins me cedeu e que pertenceram ao seu pai. Também foi muito importante a colaboração de uma pessoa interessada na história mamedense, o meu amigo, Eng.° Joaquim Ferreira, com quem, também, reuni e conversei muitas vezes. Outras pessoas colaboraram e eu acabei por colocar os seus nomes nos agradecimentos. As minhas desculpas por qualquer falha eventual. O meu agradecimento a todos. Nasceu, assim, este livro que, naturalmente, não será uma obra de caris eminentemente monográfico mas que apontará algumas das suas características em vários aspectos essenciais. Tiramos muitas fotografias, algumas com boa qualidade. Outros, porventura, poderão a partir deste trabalho delinear uma obra mais actualizada e completa no futuro. S. Mamede de Infesta, à primeira vista, não tem muito material do passado para expor e para que possamos ter uma ideia, rudimentar, acerca da história e da sua identidade como núcleo habitacional privilegiado. Esta terra, à primeira vista, pouco nos deixou com interesse para podermos de forma concreta exibir apesar de ser patente a sua marca. Isto não quererá dizer que não tenha havido história — a história de um povo...."

António Durval

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